CÉREBRO E MENTE: Explorando as diferenças e o impacto na Inteligência Emocional
A maneira como lidamos com nossos pensamentos e emoções influencia diretamente nossas ações e comportamentos. Para uns, controlar os pensamentos parece algo natural, mas para outros, é um desafio constante. Cada pessoa possui um cérebro único, e compreender a complexidade entre o cérebro e a mente é fundamental para conseguir uma transformação cognitiva real.
Cérebro e Mente: São mesma coisa?
Embora os termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, o cérebro e a mente têm diferenças fundamentais. O cérebro é um órgão físico, enquanto a mente representa processos psicológicos e emocionais. Podemos pensar no cérebro como o hardware e a mente como o software. O que a mente programa, o cérebro executa.
Essa conexão é possível graças a uma rede complexa de aproximadamente 86 bilhões de neurônios, responsáveis por toda a atividade cerebral. Entender essa ligação pode ajudar a reprogramar pensamentos e a cultivar a inteligência emocional.
Três “Cérebros” e como eles moldam nossas reações
No artigo anterior, discutimos o conceito do “cérebro triuno” proposto por Paul MacLean, que divide o cérebro em três partes distintas, mas integradas:
•Cérebro Reptiliano (R1): Localizado na parte posterior da cabeça, é responsável pelas respostas automáticas de “luta ou fuga”. Focado na sobrevivência, ele reage de maneira instintiva a tudo que considera ameaçador.
•Cérebro Límbico (Parte de R2): Lida com as emoções e memórias, armazenando informações afetivas e sociais que influenciam nossas decisões.
•Neocórtex (Outra Parte de R2): Representa a parte racional e lógica do cérebro, envolvida em tarefas complexas como planejamento, avaliação e pensamento criativo.
Essas áreas cerebrais trabalham juntas, mas o cérebro reptiliano (R1) frequentemente atua primeiro, bloqueando o raciocínio lógico do R2 quando percebe uma possível ameaça.
Como treinar o SAR para focar no que é importante
O Sistema de Ativação Reticular (SAR), localizado no tronco encefálico, age como um “porteiro” do cérebro, filtrando as informações que recebemos. É o SAR que permite que vejamos um carro que gostamos repetidas vezes após termos notado ele pela primeira vez. Essa parte do cérebro não possui função lógica, mas compara automaticamente estímulos com memórias registradas.
Filtrando estímulos: O poder do SAR
O SAR filtra uma infinidade de informações para evitar que nossa mente fique sobrecarregada. Ele capta o que é percebido como prioritário ou ameaçador e envia essa informação para o cérebro reptiliano (R1), que reage de forma imediata. Isso explica por que, em situações de estresse, reagimos automaticamente.
Como ensinar o SAR a trabalhar a seu favor
Treinar o SAR para focar no que queremos alcançar pode transformar nossa percepção e guiar nossas ações. Dizer ao SAR o que é importante para nós pode ajudar a moldar nossos pensamentos e a concentrar nossa atenção em metas e objetivos.
No próximo artigo, discutiremos como programar nosso cérebro para alcançar nossos objetivos de maneira mais eficaz.